[Resenha] Até que a culpa nos separe - Liane Moriarty

em 2 de jul. de 2020

Título: Até que a culpa nos separe
Autor: Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 464
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Classificação: ✮✮✮✮
Sinopse: Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes.
Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas - não daquele dia, mas da vida inteira.
Em Até Que a Culpa Nos Separe, Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária
        Desde que li Pequenas grandes Mentiras e fiquei completamente viciada na trama e assim como na série, eu soube na hora hora que leria muito mais livros da autora. E quando ganhei Até que a culpa nos separe eu já sabia que Liane Moriarty iria me ganhar novamente e embarquei nessa leitura maravilhosa que nos fazem ver como a culpa e a confiança pode mostrar as reais fragilidades de um relacionamento perfeito.
       Na trama iremos conhecer duas amigas de infância completamente diferentes: Erika, é compulsivamente organizada em todos os aspectos da sua vida e assim como seu marido Oliver, é contadora. Eles não tem filhos e vivem uma ótima vida de casados e com personalidades parecidas. Já Clementine é o oposto da melhor amiga, é extremamente desorganizada tem um marido parecido com ela. Ambos são pais de duas meninas adoravéis, e ela realizou o sonho de sua vida que era se tornar violoncelista.
        Erika gosta de tudo organizado e já havia preparado tudo para um cafe da tarde com a família da amiga, quando são inesperadamente convidados pelo seu vizinho, Vlad e sua estonteante esposa, Tiffany, para um churrasco em sua extravagante casa. O que era para ser uma tarde tranquila, com comida, conversa e bastante bebida se torna um pesadelo na vida dos casais depois de um acontecimento aterrorizante que os assombra todos dos dias após o temível churrasco.


         A maior característica dos livros da autora é o assunto família e amizade. Ela sabe como ninguém como envolver o leitor nesse universo e despertar aquele sentimento de querer mais e deixando a leitura fluída e só percebendo que acabou quando já não há mais páginas para ler. Nesta trama, iremos mergulhar profundamente na vida de Erika e Clementine , que são extremamente detalhadas em todas as suas manias e pensamentos e isso é o diferencial da autora. Ela nos permite conhecer a fundo e detalhadamente cada personagem, cada lugar e cada acontecimento e quem está lendo pode ter perfeito entendimento do que houve e julgar cada uma da maneira que prefere.
     
       O essencial deste livro é como já diz o título: a culpa. Como esse sentimento pode atrapalhar um casamento ou uma amizade? Ele expõe todas as fragilidades da pessoa e a atormenta todos os dias imaginando como tudo seria diferente se tivesse tido outra atitude. Iremos conhecer também o dilema de Erika com sua mãe, e o quanto ela imagina que tudo seria diferente se sua mãe não fosse uma acumuladora compulsiva e o quanto sua amizade com Clementine teria sido diferente se não fosse isso.
      A trama é intercalada entre os dias atuais e o dia do churrasco, assim podemos ver as consequências pessoais que a festa deixou em todos que estavam presentes. Após descoberto o que ocorreu no fatídico dia, a trama começa a cruzar novamente todos os personagens de volta para vida atual.
        
       O livro tem uma ótima diagramação, a básica da editora, e a leitura é extramente fluída e a capa tem tudo a ver com a trama. É um livro que vale super a pena, e se você não conheceu nenhum livro da autora então corre que você vai amar. Eu já separei minhas próximas leituras da autora:


4 comentários:

  1. Eu li dois livros da autora (Pequenas Grandes Mentiras e O que Alice esqueceu) e amei ambos. O primeiro que citei dispensa comentários, o segundo - que voce lerá em breve- foi tocante, principalmente porque existe um tema que condiz com minha realidade.
    Adorei saber mais sobre o livro resenhado que já está na lista de desejos. Espero conseguir ler em breve.
    Beijos
    https://www.aculpaedosleitores.com.br/

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  2. Quando eu vi a série Pequenas Grandes Mentiras, já quis demais conhecer as letras da autora, mas nunca consegui ;/
    Aí veio esse livro e? Fui pelo mesmo caminho. Deixei passar, infelizmente.
    A autora traz a alma feminina de uma forma que poucos autores e autoras conseguem fazer. Não é somente pelo drama(eu até gosto muito disso),mas ela expõe ali, todos os sentimentos.
    Eu tenho um lema dos dois piores sentimentos do mundo: Medo e Culpa!
    Já quero demais esse livro!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Nossa, conhecia a capa, mas não a história desse livro. Curti bastante, pois parece ter algo reflexivo no que acontece aos personagens. Eu gostei e por ainda não ter lido nada da autora, tenho grandes perspetivas sobre essa leitura.

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  4. Não conheço o livro e o autor, mas depois de ler essa sinopse e essa resenha, entrou diretamente para minha lista de desejos na Amazon. Mt interessante!

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